A história verdadeira do Pingo Doce que acabei de inventar
Florineide já vive em Portugal há 7 anos, vinda do nordeste do Brasil, instalou-se em Armação de Pêra e lá casou e tem uma menina.
Logo nos primeiros meses reparou que todos os dias andavam dois huskys em frente ao super-mercado onde se aviava, um dos animais, o cinzento simpatizou mais com ela do que com os outros clientes porque Florineide lhe dava sempre algo para comer. Florineide adoptou o cachorrinho e chamou-o de Pingo Doce por causa do sítio onde se conheceram. Podia ter sido em frente a um Modelo Bonjour mas não era a mesma coisa.
Tudo correu bem e Pingo Doce sempre foi um cão respeitador, alegre e obediente. Até um dia.
Quando a cadeia de super-mercados decidiu mudar a imagem e criar um jingle que passava ad-nauseum em todas as rádios e TVs, Pingo Doce transformou-se. Tornou-se um cão irrequieto, assustado e, um dia, desapareceu de casa de seus donos.
Ainda hoje encontramos Florineide pelas ruas de Armação de Pêra a chamar pelo seu pequeno amigo. Pingo Doce venha cá... Pingo Doce venha cá... e todos pensam que a senhora flipou.