As pessoas com alguma noção chamam "televisão" aos aparelhos e não "plasma". Não interessa a tecnologia, é uma televisão. Mas as velhas que seguem a Júlia Pinheiro chamam plasma. Amor, desliga o plasma. 
Pois uma dessas senhoras, alentejana, estava a preparar-se para ver mais um programa da Fátima Lopes enquanto o marido Nicolau se debatia com a torneira da cozinha.
Senta-se numa cadeira, carrega no botão do comando apontado para o plasma e não dá nada. Diz ela então para o marido - Nicolau Nazoni!  

Eu peço imensa desculpa. Eu sei que Nasoni é com um S mas assim o trocadilho fica mais bem conseguido. Deus está nos pormenores. 
Peço também desculpa pelo desperdício destes últimos momentos. Ando a dormir mal com o calor.
 

Depois de um profundo exercício de meditação consegui ver o nosso futuro nos próximos anos: A segurar uma galinha pelo pescoço com uma mão, uma faca na outra  e a ver no Youtube como se mata e prepara o bicho.
Os anos seguintes já não consegui ver mas suponho que já não precisemos do Youtube para saber como se mata uma galinha ou qual a melhor altura para semear batatas. Esquecemo-nos rápidamente mas também reaprendemos com facilidade. 

Não ando aflito de dinheiro, mas como sou massacrado a toda a hora com a perspectiva de um futuro negro, decidi ver onde posso poupar em pequenas coisas sem que a minha qualidade de vida piore. Sempre fiz isto e vou fazer mais ainda. Por acaso o Supermercado onde me avio é que não tem soja granulada para fazer crescer as carnes picadas. Até agora reutilizo sacos de plástico, tiro partido dos transportes públicos (felizmente moro numa cidade e numa zona que funcionam bem), faço o meu próprio ice-tea e lavo as cuecas no riacho da rua de Requesende com sabão Clarim. É um cheirinho...
No meio de novas políticas aparecem surpresas engraçadas: reparei que há décadas que não usava os verdadeiros e clássicos cubos de gelo. Enfim, não tinha reparado e fica aqui o meu registo pertinente.