01
Abr08
O país dos beijinhos
Pedro Chichorro
Há duas doenças características dos portugueses: a doença dos pezinhos e a dos beijinhos.
É beijinhos por tudo e por nada, ora dá cá um e a seguir dá outro, mesmo com pessoas que vemos todos os dias no trabalho e com quem nem temos afinidade.
Há-que definir regras nesta coisa dos beijinhos e não me venham com o "Ainda não me deste dois beijinhos hoje!" ou "Não falo contigo enquanto não me deres um beijinho".
Quem me conhece sabe que não ligo nada a esses rituais selvagens e quem me conhece mesmo bem sabe que não gosto mais ou menos de alguém pelo facto de ir dar beijinhos.
Vamos então marcar limites, proibir os beijinhos não porque isso seria um ai Jesus pior que a lei anti-tabaco , mas as fronteiras do bom senso impõem-se.
A primeira regra já existe nos compêndios da boa educação: Não há beijinhos enquanto uma pessoa estiver a comer. No sentido nutritivo do termo. Se alguém está a apreciar a sua refeição um olá chega!
A segunda regra protege-nos fisicamente. Quando se entra no banco de trás de um automóvel não force as pessoas da frente a cumprimentar com beijinhos. Mesmo o aperto de mão pode ser difícil, mas aí devem ser as pessoas da frente a tomar a iniciativa.
A terceira simplesmente respeita a boa convivência entre nós. Se alguém está no meio de uma conversa animada, numa discussão ou até a contar uma simples anedota, que sentido faz incomodar um bom momento e desatar aos beijinhos só porque se chegou?
Já estamos tão habituados a este absurdo que já nem reparamos, mas que importância é que têm dois beijinhos que faça com que eu me levante, arraste cadeiras, tropece, me debruce em cima de copos e garrafas ou tenha que pedir a meia dúzia de pessoas que se levantem para alguém dar dois beijos a uma pessoa com quem está todos os dias?
É beijinhos por tudo e por nada, ora dá cá um e a seguir dá outro, mesmo com pessoas que vemos todos os dias no trabalho e com quem nem temos afinidade.
Há-que definir regras nesta coisa dos beijinhos e não me venham com o "Ainda não me deste dois beijinhos hoje!" ou "Não falo contigo enquanto não me deres um beijinho".
Quem me conhece sabe que não ligo nada a esses rituais selvagens e quem me conhece mesmo bem sabe que não gosto mais ou menos de alguém pelo facto de ir dar beijinhos.
Vamos então marcar limites, proibir os beijinhos não porque isso seria um ai Jesus pior que a lei anti-tabaco , mas as fronteiras do bom senso impõem-se.
A primeira regra já existe nos compêndios da boa educação: Não há beijinhos enquanto uma pessoa estiver a comer. No sentido nutritivo do termo. Se alguém está a apreciar a sua refeição um olá chega!
A segunda regra protege-nos fisicamente. Quando se entra no banco de trás de um automóvel não force as pessoas da frente a cumprimentar com beijinhos. Mesmo o aperto de mão pode ser difícil, mas aí devem ser as pessoas da frente a tomar a iniciativa.
A terceira simplesmente respeita a boa convivência entre nós. Se alguém está no meio de uma conversa animada, numa discussão ou até a contar uma simples anedota, que sentido faz incomodar um bom momento e desatar aos beijinhos só porque se chegou?
Já estamos tão habituados a este absurdo que já nem reparamos, mas que importância é que têm dois beijinhos que faça com que eu me levante, arraste cadeiras, tropece, me debruce em cima de copos e garrafas ou tenha que pedir a meia dúzia de pessoas que se levantem para alguém dar dois beijos a uma pessoa com quem está todos os dias?